Existe uma área da Psicologia que chama "Psicofisiologia do parto". Ela se propõe a estudar aspectos emocionais e hormonais que ocorrem durante o trabalho de parto.
A fase inicial do trabalho de parto acompanha um sentimento de Alegria, quase eufórico, de chegar o momento tão esperado, acompanhada de muita ansiedade (que acompanha quase todo o trabalho de parto).
É importante saber que a ansiedade em excesso pode dificultar o caminhar fisiológico do parto, então se desprender e permitir o descontrole, dá espaço para nosso corpo agir. Lembre-se" Nosso corpo sabe o que está fazendo.
Ao passar para a fase ativa os sentimentos também mudam, dando espaço para a dúvida e o medo... dúvida se irá dar conta disso tudo, medo da dor ou de algo dar errado. É um mergulho no desconhecido que pode ser muito assustador. Novamente, é momento de se entregar e não tentar controlar. Porque a experiência do parto é uma experiência de entrega do corpo.
Seguido este momento, iniciando o processo expulsivo, vem a exaustão, o cansaço. Um sentimento de "cheguei no meu limite". Tá tudo certo! Faz parte e é importante esse momento. É um momento de despedida para este lugar que você habitou por anos e o nascimento de uma nova mulher. Deixe o cansaço, sinta-o e respeite-o.
Finalmente, entramos no expulsivo de fato! É muito comum que neste momento venha um sentimento que muitas vezes não se espera que venha... a raiva. E ela é necessária para se colocar este bebê para fora! Romper a ligação e querer fazer a separação por bem e porque ela precisa ser feita. Este sentimento é a emoção do fazer, do agir. Do sair de um lugar para ir a outro. O sentimento de raiva ajuda a se mover ativamente e fazer o expulsivo. Encerrando todo este ciclo emocional, após o bebê nascer, retorna a alegria, margeada pelo amor de finalmente estar com o bebê.
Se prepare e conheça o processo. Assim, destruímos a mitologia do medo do parto. <3
