
Fato é: diversos ensinamentos que nos são passados sobre o que é ser mulher são nocivos à nossa existência e fazem com que tenhamos dificuldade de nos amar e respeitar à nós mesmas.
Ser compreensiva, boazinha, simpática e meiga demais é nocivo para a nossa experiência enquanto mulheres, não porque não somos tudo isso, mas porque aprendemos a ignorar outros sentimentos de indignação que também fazem parte da nossa existência como seres humanos. Gabor Mate, médico, escritor e estudioso sobre o desenvolvimento humano afirma que ao reprimirmos a raiva abrimos espaço para doenças e distúrbios imunológicos dentro de nosso corpo.
Bell Hooks afirma em seu livro "Erguer a voz" que “Enfrentar o medo de se manifestar e, com coragem, confrontar o poder, continua a ser uma agenda vital para todas as mulheres”.
Perdemos a Autoestima e nossa saúde quando não expressamos uma parte nossa.
Tudo que nos foi ensinado sobre ser mulher tem uma profundidade complexa por trás e, por isso, desaprender essas noções deveria ser uma prioridade para nós. Assim, abrimos espaço interno para nos conhecermos e compreender o que de fato nos faz bem. Ser alguém consciente de si mesma também passa por escolher honrar e valorizar nossos sentimentos, afetos e vontades. E, tudo isso, pode te levar ao bem estar.
E se, ao invés de pensarmos Autoestima como se sentir bela, pensarmos a Autoestima como um lugar de consciência de si e aprendizado sobre seu real valor?